sábado, 6 de outubro de 2012

A urna não é privada!

O eleitor precisa votar neste domingo (07) com esta convicção: a urna eletrônica não é privada. Está longe de ser. Aquele botãozinho verde, o de confirmar, também não é descarga. Por isso, cabe ao cidadão não fazer “caca”, pra não dizer outra coisa. Eleição é coisa séria. O poder de decisão está nas mãos da população. Foram anos e anos de luta para que este direito pudesse existir.
A urna não é privada!
Mas, infelizmente, nem todo mundo reconhece os princípios da democracia. Se existem políticos corruptos, que compram votos, é porque ainda existem eleitores inconscientes. É difícil acreditar, mas muita gente aceita o clientelismo político. É o voto sendo trocado por uma cesta básica, pelo pagamento de uma conta de luz, por R$ 50,00 que vem fácil ou pelo churrasquinho no quintal de casa.

Onde está o compromisso com a democracia? Onde foi parar o bom senso? A ideologia? A prática da cidadania? Quando o voto é depositado em troca de algum benefício particular, o preço que se paga é alto. O candidato só está sendo “bonzinho” porque também quer se beneficiar. E o benefício dele dura muito mais tempo. São quatro anos!

Quatro anos que a população vai sentir na pele. O postinho de saúde, o asfalto no bairro, a melhoria no transporte coletivo, a vaga na creche, entre tantas outras coisas, dependem do voto consciente. Tem muito eleitor egoísta por aí, que depois vai se achar no direito de cobrar ou reclamar. Mas a oportunidade de decidir e opinar é no dia da eleição.

Voto válido é aquele depositado por convicção!
Penso que o voto válido é aquele depositado por convicção. Política se constrói por meio do diálogo e da discussão de ideias. Ao votar, o cidadão deve ter a certeza de que está fazendo a escolha certa. A decisão deve partir do próprio eleitor, sem pressões, falsas promessas ou presentinhos. É sempre bom lembrar que alguns segundinhos em frente à urna não é tempo perdido. Pelo contrário, é a oportunidade de escrever mais um capítulo da história política da sociedade. Não são quatro dias, são quatro anos.

Não estou aqui para dar lição de moral. Quem sou eu pra fazer isso? Quero, apenas, expressar a importância do voto. O processo eleitoral, embora não receba a devida atenção, é um momento extraordinário. Não há nada mais gratificante do que poder ajudar na escolha dos representantes. O papel do eleitor começa nas urnas e deve continuar ao longo do mandato dos governantes. Espero que todos possam votar de acordo com os próprios pensamentos. Bom voto!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Basta apenas um clique!

A internet mudou o perfil do jornalismo. Basta apenas um clique para ter acesso a uma infinidade de informações. São notícias que surgem minuto a minuto, possibilitando ao internauta a possibilidade de estar sempre por dentro das novidades. Mas, afinal, será que os profissionais da imprensa estão preparados para esta realidade?

Para a jornalista Thaís Naldoni, especialista em jornalismo digital, muitos profissionais ainda não se deram conta da importância de valorizar o conteúdo online. Atualmente, Thaís é gerente de jornalismo da Imprensa Editorial Ltda. Nesta quinta-feira (04), ela esteve ministrando palestra para os alunos de comunicação do Centro Universitário Toledo, encerrando a 12ª edição da Secomt (Semana de Comunicação Toledo).
Thaís Naldoni: "Jornalismo na era digital" (Foto: Ariadne Bognar)
Com o tema: “Jornalismo na era digital”, Thaís falou sobre as principais características do conteúdo de internet. Algumas técnicas são importantes para garantir seriedade e comprometimento na divulgação da notícia. Cabe ao jornalista estar preparado. A apuração deve ser rápida, mas não superficial. O repórter tem que estar sempre antenado, mostrar agilidade na redação das matérias, saber se comunicar, escrever corretamente e manter o hábito da leitura.

Ler é imprescindível para quem atua no jornalismo. Seja lá qual for a área, o profissional deve estar sempre ligado às principais informações. Para não escrever besteiras, o jornalista deve ter repertório e responsabilidade ao checar uma informação. CTRL C e CTRL V não cola, é furada! Aliás, chega a ser uma prática desonesta com o público. Muitos erros já foram noticiados por causa disso. Jornalista preguiçoso é o que há!

Thaís durante palestra (Foto: Ariadne Bognar)
A internet tem dado ao jornalismo uma nova característica. As próprias emissoras de televisão, jornais impressos e revistas estão apostado no conteúdo digital. Além disso, as redes sociais também estão impulsionando a divulgação de notícias. No entanto, é preciso ter cuidado para não cometer exageros. Além da atenção ao conteúdo das informações que são divulgadas, é preciso não extrapolar os limites na hora de postar fotos, pensamentos e opiniões nas redes.

A ascensão da internet trás com ela muitos desafios. É importante estar atento e se preparar para as novas atribuições. Dizer que o conteúdo digital vai engolir as mídias impressas é exagero. Penso que o mundo online vem apenas para acrescentar, seja no desenvolvimento de jornais, revistas ou na produção de programas de rádio e televisão. Prefiro acreditar no jornalismo que completa, não naquele que subtrai. Até porque, para mim, o jornalismo sério só acrescenta. O profissional que não tiver preguiça, certamente, vai sobreviver às constantes oscilações do mercado. Isso é fato.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Janelas para o mundo!

O mundo e os lugares mais incríveis documentados por meio das lentes de uma câmera. Há 125 anos, a revista National Geographic leva informação e conhecimento inspirando as pessoas a cuidar do planeta. Tudo isso, por meio de fotografias. Curiosidades sobre a terra, o mar e o céu são traduzidas pela sensibilidade de profissionais que se dedicam à exploração do planeta.
Foto: Brent Stirton/National Geographic
Foto: Carsten Peter/National Geographic
Alunos de jornalismo do Centro Universitário Toledo tiveram a oportunidade de acompanhar uma palestra com o jornalista americano Matthew Shirts, redator-chefe da National Geographic no Brasil, na última quarta-feira (03). O encontro fez parte da 12ª edição da Secomt (Semana de Comunicação Toledo), que começou na segunda-feira.
Matthew Shirts, redator-chefe da National durante palestra (Foto: Ariadne Bongar)
Formado em Ciências Sociais pela Universidade de Berkeley e em História pela Universidade de Stanford, Shirts chegou ao Brasil na década de 70 como aluno de intercâmbio na USP. Durante a palestra, o jornalista falou sobre o trabalho da revista National Geographic. A semente desse alcance global que ela possui atualmente surgiu nos Estados Unidos a partir de uma sociedade, formada por cientistas e intelectuais, que decidiu discutir a possibilidade de criar um projeto que pudesse difundir o crescimento geográfico.
Matthew Shirts, jornalista americano, na Secomt 2012  (Foto: Ariadne Bognar)
Para Matthew Shirt, tão importante quanto escrever e falar, é mostrar. Por isso, a revista é pautada pela fotos. Os textos são produzidos apenas depois, quando as imagens já estão registradas. A produção de uma reportagem pode durar até mais de um ano e custar de U$$ 5 mil a U$$ 10 mil.

A cada edição da National Geographic, o leitor pode conferir fotografias incríveis, acompanhadas por textos aprofundados sobre arqueologia. Não é uma publicação acessível. O próprio Matthew Shirts reconhece. Não só pelo preço no Brasil, mas, sobretudo, porque se trata de um material destinado a uma pequena parcela da população que se interessa pelos temas abordados.
Capa de outubro da National
O redator-chefe da National Geographic explicou como é possível fazer história com a fotografia. Mostrou que as imagens são capazes de transmitir conhecimento e informação. Além disso, destacou a importância da revista para o mundo. É uma publicação que fornece uma janela incrível para as belas paisagens espalhadas pelo mundo.  

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Desafios do jornalismo econômico na era da internet

O jornalismo econômico na era da internet. Este foi o tema da palestra ministrada pela jornalista Ana Clara Costa, editora-assistente de Economia e Negócios do site da revista Veja, aos alunos do curso de comunicação do Centro Universitário Toledo. O encontro faz parte da 12ª edição da Secomt (Semana de Comunicação Toledo).
Ana Clara Costa durante palestra (Foto: Ariadne Bognar)
Formada pela Mackenzie, Ana é especializada na cobertura da área econômica. Trabalhou para as editorias de Finanças, Negócios e Macroeconomia das revistas Istoé, Istoé Dinheiro e Exame. Durante a palestra, a jornalista destacou os principais desafios da carreira. Segundo ela, o jornalismo econômico é o segmento que mais oferece oportunidades, devido às amplas possibilidades de cobertura.

Para Ana Clara Costa, jornalismo econômico é sinônimo de oportunidades (Foto: Ariadne Bognar)
A jornalista falou também sobre a consolidação do Brasil como potência econômica. “Tudo o que acontece no Brasil é noticiado lá fora”, disse. “É um Brasil diferente que está sendo notado pelo mundo”, destaca. Por isso, a responsabilidade do jornalista desta área é imensa, sobretudo, após a ascensão da internet como meio de divulgar informações.

O profissional deve saber lidar com uma questão importante: velocidade x apuração. A instantaneidade exige do jornalista agilidade com a notícia. No entanto, isso não pode prejudicar o processo de apuração. Antes de qualquer publicação, é preciso ter a certeza de que a informação está correta e de que não irá prejudicar terceiros.

Ana Clara Costa: "Tudo o ue acontece no Brasil é noticiado lá fora" (Foto: Ariadne Bognar)
A linguagem também é outro fator de destaque na abordagem. Cabe ao profissional que cobre economia explicar o fato de maneira clara, sem o uso de termos muito técnicos. O leitor, seja de impresso ou de internet, não é obrigado a entender o “economiquês”. Está aí um dos principais desafios: informar, de maneira responsável, por meio de uma apuração minuciosa, que faça com que o público interprete, pense, analise e se intere dos acontecimentos.  

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Quem tem medo do TCC?

Logo, logo vou estar no meu último ano de faculdade. Faltam apenas alguns meses para 2013 chegar trazendo novas responsabilidades. Se por um lado já penso em respirar mais aliviado, por outro, sei que a correria será ainda mais intensa. É que o tão temido TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) se aproxima.

Com ele, surgem diversas dúvidas: que tema escolher? Com quem fazer? Quem será o orientador? Parece difícil. E de fato é! Fazer um bom trabalho está longe de ser tarefa fácil.

Mas algumas dicas são importantes para os universitários que terão de passar por isso. Nesta segunda-feira (01), foi aberta a 12ª edição da Secomt (Semana de Comunicação Toledo), do Centro Universitário Toledo. Até o dia quatro deste mês, nomes importantes do jornalismo estarão ministrando palestras para os estudantes da instituição.
Abertura da 12ª Secomt (Foto: Ariadne Bognar)
 Hoje, foi a vez do jornalista Luís Joly falar sobre o tema: “O TCC pode ser um projeto de sucesso”. Formado pela FIAM e pós-graduado pela faculdade Cásper Líbero, ele é autor de três livros-reportagem, sendo o primeiro deles, “Chaves: foi sem querer querendo?”, resultado de seu TCC em co-autoria com outros dois colegas de curso.

O livro aborda as razoes para o sucesso da série mexicana no Brasil e esteve entre os mais vendidos em 2005. Hoje, está na quinta edição, com versões sempre atualizadas. O jornalista ainda escreveu uma sequência para a obra, dessa vez abordando a série “Chapolin”, e em 2007, editou mais um livro-reportagem sobre “Os Trapalhõs”.  Sim, todo esse sucesso depois de apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso.

Livro-reportagem sobre a série "Chaves"
Joly falou à respeito dessa experiência. Deu orientações para que o TCC não se seja, apenas, um trabalho obrigatório para concluir o curso. A dica é desenvolver um estudo a respeito de um tema que desperte a paixão. Algo inovador, diferente, que surpreenda. Algum assunto capaz de unir a paixão e a seriedade.

July: "O TCC pode ser um projeto de sucesso" (Foto: Ariadne Bognar)
Segundo ele, o ideal é fazer o trabalho em grupos pequenos, com pessoas sérias, responsáveis e que tenham afinidade. Mas ele alerta: “Não espere dos outros o mesmo comprometimento que você tem”. Quer dizer, uma discussãozinha sempre vai ter, não tem jeito. Mas existem formas de evitá-las, escolhendo bem os companheiros de TCC.

TCC: paixão e seriedade devem caminhar juntas (Foto: Ariadne Bognar)
Ah, um bom orientador também é fundamental para que o trabalho não pare na metade. É preciso estar em sintonia com o professor. A palestra de Joly veio em um momento importante para mim. Apesar de já estar no mercado de trabalho, corro todos os dias para dar conta de cumprir com as responsabilidades da faculdade. Afinal, a formação é um diferencial. O conhecimento adquirido a partir da própria pesquisa e do conteúdo passado em sala de aula contribui bastante para que o profissional atenda às exigências do mercado.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Experiências com a cobertura eleitoral

A política é o caminho para as grandes mudanças
No jornalismo, a cobertura política está entre as minhas preferidas. O tema pode parecer chato, mas é o tipo de assunto que rende boas matérias. A vida da sociedade depende de questões políticas. A fila de espera nos postinhos de saúde, o asfalto deteriorado nas ruas, o transporte coletivo que não passa e o bairro que não tem opção de lazer são problemas que só podem ser solucionados a partir da ação de agentes políticos.

Gosto de fazer matérias que tragam informações úteis à população. Reportagens que vão servir de instrumento para uma transformação. Essa é a essência do jornalismo. E a cobertura política está inserida nisso. O cidadão precisa saber onde está sendo gasto o dinheiro dos impostos e quem são os representantes que votaram pelo reajuste dos próprios salários. A imprensa tem o dever de mostrar.

Com o período eleitoral, os noticiários se enchem de informações voltadas à campanha política. As redações intensificam a cobertura com o objetivo de levar até o eleitor o conteúdo necessário para ajudá-lo a decidir o voto. Os debates entre candidatos são instrumentos importantes neste processo.

Debate entre os candidatos a prefeito de Araçatuba
Pela primeira vez, tive a oportunidade de cobrir esses confrontos. O SBT realizou debates com candidatos a prefeito de São José do Rio Preto, Presidente Prudente e Araçatuba. Ainda existe a possibilidade de mais um programa com os candidatos que disputam a prefeitura de Birigui. Mas isso ainda está sendo acertado.

Cenário do programa SBT Interior Eleições 2012
Durante as transmissões, estive acompanhando os bastidores, o clima de expectativas e os discursos apresentados ao eleitorado. Meu trabalho era sintetizar tudo isso, transformar esses acontecimentos em reportagens para que o telespectador pudesse se interar do assunto. E foi uma experiência fantástica. Participar de um processo tão importante para a democracia aumentou, ainda mais, minha responsabilidade como jornalista.

Cobertura eleitoral: oportunidade de aprendizado!
Parte da turma reunida
E a cobertura não para por aí. Ainda temos até o dia 7 de outubro para continuar levando informações importantes ao eleitor. Sinto-me realizado profissionalmente. Tenho a impressão de que estou cumprindo meu compromisso com a sociedade. Eu, a TV e todos os meus colegas de trabalho. E é isso que vale a pena.

domingo, 23 de setembro de 2012

Jogo de cintura

Ter jogo de cintura para lidar com situações embaraçosas é fundamental para quem trabalha com jornalismo. Na televisão, por exemplo, o profissional deve estar sempre atento para evitar constrangimentos. E esta regra não vale somente para quem aparece no vídeo. Por trás das câmeras, o jogo de cintura se faz necessário diariamente.

Mas para quem está à frente de um programa jornalístico exibido ao vivo, o improviso e a sensatez são características que devem andar de mãos dadas. Problemas técnicos acontecem e podem pegar o profissional desprevenido. Mas isso é o de menos. O problema maior é quando o entrevistado não se porta da maneira adequada.

Em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o candidato a prefeito Fernando Chiarelli (PT do B) mostrou como um político não deve se comportar numa entrevista cujo principal objetivo é o debate de ideias. Durante a participação dele no Jornal da EPTV, afiliada da Rede Globo, os dois apresentadores tiveram trabalho para conter a falta de educação do candidato. Tirei o chapéu para os jornalistas. Apesar da “saia justa”, eles souberam se posicionar diante da situação.

Talvez você já tenha visto este vídeo. Caso não tenha assistido, veja. Ele tem pouco mais de oito minutos, mas vale à pena. Observe que o equilíbrio e a sensatez que faltam ao candidato sobram aos jornalistas.